GRATUITO: FESTIVAL “SABIÁ NA PRAÇA – CULTURA, MATURIDADE, MEMÓRIAS E MINEIRICES”

EVENTO GRATUITO NA PRAÇA FLORIANO PEIXOTO É O PRIMEIRO NA CIDADE ESPECIALMENTE PENSADO PARA O PÚBLICO 50+

O Festival Sabiá chega a sua segunda edição nos dias 29 e 30 de abril, na Praça Floriano Peixoto, com o tema Sabiá na Praça – Cultura, Maturidade, Memórias e Mineirices. O projeto foi idealizado em 2019 pela EncantaQueVoa a partir da visão de vida dos novos 50+, adultos maduros e pessoas idosas, a fim de expressar o protagonismo da maturidade, refletir sobre temas da velhice, assim como trazer uma diversidade de estilos na programação, repleta de arte e cultura. Serão mais de 25 atrações gratuitas, com apresentações de música, dança, teatro e diversas oficinas sem necessidade de inscrição prévia. 

Após a pandemia, o Festival volta à Praça Floriano Peixoto, com dois dias de programação especialmente pensada para este público, uma camada crescente da população que, em sua maior parte, continua ativa e produtiva, sendo fundamental um novo olhar sobre o envelhecimento e todas as questões que se relacionam a esse processo. “Esta edição é muito importante para nós. Na quarentena focamos toda a nossa energia em ações online, mas sempre ficava um pequeno lamento de que tínhamos parado logo quando começamos. Então, essa edição é o retorno ao nosso propósito original, que é celebrar a cultura e arte feita por pessoas 50+, todos juntos suando e sorrindo em praça pública. É o Sabiá voltando a voar”, conta Samir Caetano, um dos idealizadores do projeto.

Este ano, o objetivo é propor a interação e o intercâmbio de experiências e conhecimento e debater sobre a importância da arte na inclusão sociocultural do idoso. Além de festejar e investigar a identidade das pessoas 50+ mineiras. As histórias coletivas e pessoais, músicas, manifestações culturais e tradicionais, paisagens naturais tão características, o famoso “mineirês”. As atrações trazem a diversidade em diferentes existências, a maior parte dos artistas tem mais de 50 anos, e o evento aborda, ainda, a saúde mental, deficiência visual, transexualidade, entre outras questões, pois todas as pessoas vão envelhecer.

“Eu fico muito feliz em poder contribuir com que tantas atividades diversas aconteçam, com uma programação tão rica. Levar o Giramundo com 50 anos de trajetória ao palco, Tizumba, as Rainhas do Samba, um ballet incrível e inspirador… Fortalecer a ideia de envelhecer bem, ativamente. Registrar memórias nas pessoas através da arte e cultura, é de arrepiar”, comenta Débora Campos, também idealizadora do projeto.

Todos os detalhes foram pensados de maneira que o público tenha o máximo de conforto, segurança e acessibilidade. Vale ressaltar que, embora o Festival Sabiá seja dedicado a pessoas acima de 50 anos, todas as gerações são convidadas a aproveitar as atrações e vivenciar o evento em um só ambiente. 

PROGRAMAÇÃO

Sábado, 29 de abril

O Festival Sabiá começa no sábado (29), com a oficina de tambor “Experimentando os Sons”, de Danuza Menezes. Em seguida, o público vai se emocionar com o Reabilitação e Ballet, que promove o bem-estar físico e emocional e dançarinas acima dos 50 anos, conduzidas por Meiry de Paula, professora de balé e fisioterapeuta. O poeta Dudu Melo apresenta “O menino que tudo vê”, seguido do Coro Sabiá, do maestro Arnon Oliveira, formado especialmente para o evento. Para encerrar o período da manhã, Elisa Almeida, diretora do Grupo de Contadores de Estórias Miguilim, apresenta a narração d’O Primeiro Encontro de Riobaldo e Diadorim.

A tarde abre com a Cia Baobá Minas, criada por Júnia Bertolino, que aborda o cotidiano do negro, a cultura, ritmos, poesia e dança afro-brasileira. “Nos passos do Tempo”, é a cena teatral estrelada pelas integrantes 60+ do grupo Teatro Entre Elas. A poeta transexual, cantora, compositora, autora teatral e designer de jogos Carline se apresenta em seguida, com poemas de seus livros publicados. Ainda no sábado há a participação de Lu e Celinha Braga, com músicas e causos; Cida Falabella, com a cena/intervenção “Outono”; e o Grupo Giramundo, que está há 50 anos no palco, leva e “Um Baú de Fundo Fundo”.

Para encerrar o primeiro dia de programação, o Festival Sabiá será palco de uma grande roda de samba comandada pelo músico e compositor Thiago Delegado, com o Delegas Samba Clube recebendo as Rainhas do Samba: Tia Elza, Dona Elisa e Dona Jandira. Durante a apresentação, professores de dança de salão ensinarão passos básicos de estilos musicais como samba de gafieira e soltinho, sob a supervisão do professor Sadam.

Domingo, 30 de abril

O domingo (30), tem início com a oficina de Dança Larutan, de Renato Ventura, modalidade criada especialmente para os idosos. Em seguida, o arquiteto Rogério Braga ministra a oficina de croquis como forma de representação e de pensamento. Maurício Tizumba é a atração seguinte, com sua peça “Galanga Chico Rei”, que conta a história invisibilizada de um herói negro vencedor. Kiko Mitre (baixo), Luísa Mitre (piano) e Natália Mitre (bateria), que formam o Trio Mitre também marcam presença no Festival Sabiá.

A tarde tem início com a oficina de fotografia com celular de Nélio Costa, que promove alfabetização digital dos idosos; o grupo Sapos e Afogados traz o concurso psicofotográfi­co “Louca da Laje” e uma videoinstalação com as 500 mulheres que já participaram do projeto; O coletivo Abre a Roda Mulheres no Choro se apresenta em seguida. A tarde segue com o show de acordeon de Célio Balona, no qual ele convida para um dueto o amigo e parceiro Christiano Caldas. E o encerramento fica por conta de Wilson Dias, cantor, compositor e violeiro que ressoa os fundamentos da cultura popular brasileira, sua grande mestra. Ele faz um dueto de viola e violão com seu filho Wallace, será um encontro de gerações.

O Festival Sabiá é uma realização da EncantaQueVoa, Governo de Minas Gerais, Lei Federal de Incentivo à Cultura, Ministério da Cultura e Governo Federal União e Reconstrução. Tem patrocínio do Instituto Unimed-BH, por meio do incentivo de 5,3 mil cooperados e colaboradores, e LIASA, ambos pela Lei Federal de Incentivo à Cultura. E patrocínio da CEMIG, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais. 

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